terça-feira, 11 de outubro de 2011

Shadows of the Damned - ação e terror psicológico


Shadows of the Damned (Grasshopper Manufacture, 2011) é o que se pode esperar de um trio formado por Akira Yamaoka, Shinji Mikami e Suda51: um Resident Evil 4 um pouco mais evoluído com visão de mundo excêntrica e uma trilha sonora magnífica. É um título que, por sua temática, deve dividir opiniões, pois a mecânica do jogo, apesar de sólida, é também engessada para os padrões do Ocidente. Mas se você se amarra em games de tiro mais cadenciados, com quebra-cabeças elaborados e títulos "estranhos" em geral, Shadows of the Damned é uma boa pedida.


Nascido da iniciativa EA Partners, programa da Electronic Arts que procura lançar games de produtoras que não são do grupo, Shadows of the Damned não nega o DNA de seus idealizadores, os japoneses Akira Yamaoka (compositor de Silent Hill), Shinji Mikami (diretor de Resident Evil) e Goichi Suda (mais conhecido como Suda51 e autor de títulos como Killer7 e No More Heroes).


Pode-se descrever o novo game da Grasshopper Manufacture como um cruzamento de Resident Evil 4 e filmes de sabor mexicano de Robert Rodriguez, como A Balada do Pistoleiro ou Um Drink no Inferno. A essa fórmula já meio bizarra acrescente a excentricidade e o humor de Suda51 e a trilha sonora de Yamaoka, que, bem ou mal, não passa despercebido. Enfim, Shadows of the Damned é um game que pode ser acusado de tudo, menos de não ter personalidade.

sábado, 8 de outubro de 2011

Crítica: A Hora do Espanto


Recriar um filme que foi um dos grandes sucessos de sua categoria em outra época não é tarefa simples. Aparentemente consciente disso, a DreamWorks caprichou e reuniu o diretor Craig Gillespie, um elenco de primeiro escalão, uma roteirista cheia de experiência na categoria terror-comédia-juvenil (Marti Noxon, da série Buffy, a Caça-Vampiros) para fazer, 26 anos depois, A Hora do Espanto novamente.

Anton Yelchin é Charley, um nerd que faz tudo o que pode para parecer cool aos olhos dos amigos da namorada, a linda e popular Amy (Imogen Poots). Para não ser associado a seu passado, ele evita ao máximo falar com seu ex-melhor amigo, o supernerd Ed (Christopher Mintz-Plasse).

Ed, por sua vez, está no encalço do garoto para alertá-lo sobre algo muito importante: seu novo vizinho é um vampiro e está matando os jovens da cidade. Uma das mortes acontece durante a abertura do filme, e depois, em cenas corriqueiras da escola, percebem-se cada vez mais carteiras vazias.


Como mora em Las Vegas, Charley acha normal que uma pessoa trabalhe à noite e durma durante o dia, assim como considera que a cidade funciona como lar provisório para muitos, o que justificaria os sumiços repentinos. Ele só percebe que Ed estava certo quando... seria estragar a surpresa contar, mas o importante é que ele percebe.

Yelchin é uma das caras novas de Hollywood e, assim como Poots, cumpre muito bem sua função de jovem ora engraçado, ora apavorado. Mintz-Plasse, por sua vez, já tem milhares de fãs graças a sua atuação como McLovin, em Superbad - É Hoje (2007) e levanta as expectativas do público cada vez que entra em cena. Seu caçador de vampiros lembra muito o de Cory Haim em Garotos Perdidos (1987), filme que também parece ter sido usado como referência para o remake.


Os adolescentes, em teoria protagonistas, acabam funcionando como pano de fundo para a dupla Colin Farrel - o vampiro Jerry - e David Tennant, uma espécie de Criss Angel que é chamado para ajudar a combater o monstro. Farrel, usando todo seu charme, consegue ser apaixonante mesmo depois de beber o sangue de diversos inocentes e de ameaçar a vida de Toni Collete, a mãe de Charley. Já Tennant (o Barty Crouch de Harry Potter, outro filme que fica claro entre as referências) está sensacional como Peter Vincent, uma superestrela de Vegas, afetado e divertido no ponto exato. O resultado é pura diversão no cinema, perfeito para ser acompanhado com pipoca e refrigerante.

NOTA: 10

sábado, 1 de outubro de 2011

Descubra quantos escravos trabalham para você

Mesmo que você compre em empresas que procure manter o controle do impacto ambiental, não é nada fácil ser um consumidor responsável hoje em dia. Afinal, quem você acha que desenterra os minerais do seu smartphone ou colhe o algodão para a sua camiseta?

Pensando nisso, um novo site (que é também aplicativo para celular) determina a quantidade de trabalho forçado que você utiliza com base nos alimentos que você come e nos produtos que compra. O SlaveryFootprint consegue identificar o número de escravos que tiveram que trabalhar para você poder consumir observando as regiões onde o trabalho forçado é usado na produção de bens.

O projeto utiliza um complexo algoritmo para calcular esse número com base em questões sobre seu estilo de vida e hábitos de consumo. Você irá responder questões como quantas joias possui, se é nerd geek ou viciado em música, se tem remédios no armário e até mesmo se já pagou por sexo.

O SlaveryFootprint possui um banco de dados com informações sobre mais de 400 produtos divididos em suas matérias-primas. Nesse banco, cada produto possui uma pontuação - e o número de trabalhadores escravos utilizados. Assim que descobrir o número de pessoas que você escraviza, dá para divulgar nas redes sociais e convidar amigos e parentes para descobrirem também.

O aplicativo também está disponível para celulares Android e iPhone. A iniciativa foi desenvolvida em parceria entre a ONG Call+Response e o Departamento de Estado para Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas dos EUA.



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Veja e conheça a história do novo clipe do Evanescence, "What You Want"


Quase desde o dia em que ela escreveu a música, Amy Lee se referiu a "What You Want" como sendo "realmente diferente" de qualquer outra música que o Evanescence já fizera. Então, quando chegou a hora de preparar um conceito para o vídeo, bem, como seria essa mudança?

"Nós estivemos trabalhando muito rápido, e ainda estávamos terminando o álbum, e isso foi quase no mesmo tempo em que tínhamos que gravar o clipe, e eu não tinha ideia nenhuma sobre o como ele seria, o que é meio estranho, porque geralmente eu tenho essas visões de como eles serão", Amy riu. "Mas a música é realmente diferente para nós, então eu sabia que não queria ir para o clássico, uma espécie de coisa épica e fantástica. Quer dizer, é totalmente épico, mas não queremos ir por esse caminho - eu queria fazer algo diferente".

Amy Lee convidou a sua irmã, Carrie, na gravação, no estúdio, para lhe dar algumas ideias frescas. "Ela é escritora. Eu ficava dizendo 'você bem que podia vir aqui sentar comigo e ouvir a música várias vezes e me dizer o que acha'", Amy relembra. "Ela começou a dizer que as coisas estavam indo muito bem. Ela disse 'Poderia ser em Nova York. Vocês precisam fazer algo diferente, essa música soa diferente', e também falou coisas como, por exemplo, sair correndo pela ponte do Brooklyn, que é onde eu moro, e fiquei, tipo, 'Meu Deus, isso é ótimo!'".

Amo mesmo tempo que você pode dar créditos a Carrie pela concepção básica por trás de "What You Want" - um clipe que relata a história do Evanescence, desde os seus primeiros dias de shows para fora dos suados clubes até a sua pausa recente, Amy Lee se mudando para a cidade de Nova York – a cena do clímax, em que a banda entra na onda em Coney New York Island, foi ideia de Amy. E, sim, há um profundo significado para ela.

"Aquela era minha parte. Eu meio que cheguei com a ideia daquele final. Sinto como se fosse a representação da banda voltando ao mundo", ela disse. "Temos uma base internacional de fãs muito grande, então sempre penso em nós saindo em turnê e muito dela, pra nós, é sobre o mar. Mas é um pouco mais que isso. Somos nós lidando com algo desconhecido, entrando em um novo mundo, voltando depois de muito tempo. Você viu o passado no resto do vídeo e aquele é o futuro desconhecido".

Claro que manter os companheiros de banda com aquela visão – uma nadada pela manhã era necessária – provou ser mais difícil do que Amy Lee tinha anteriormente antecipado. Mas, como em tudo envolvendo os integrantes do Evanescence atualmente, eles eventualmente concordaram em mergulhar juntos. Alguns menos dispostos que os outros.

"É, o Terry em especial não queria entrar na água", ela riu. "Estava um pouco fria, mas amei. Acho que os caras também"

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Prófugos: quem disse que seriado bom é só seriado americano?


Recentemente estreou na HBO um novo seriado. Descobri sem querer, navegando aleatoriamente pela internet. Li a sinopse e achei bastante interessante. Às 23h de domingo, quando começou o seriado, levei um susto. Como assim? Os caras estão falando em espanhol! Só então descobri que se tratava de um seriado chileno.

Não pude conter minha estupefação. Afinal, pela sinopse, o seriado prometia muitas cenas de ação. Será que um seriado chileno teria recursos pra fazer a história ficar interessante e realístico? Resolvi dar uma chance porque, afinal de contas, se trata de uma produção independente na HBO, e nunca vi a HBO fazer um seriado ruim (vide True Blood e Game of Thrones). Ainda bem que fiz isso!

Prófugos conta a história de quatro homens que fazem parte de
uma gangue chilena, cujo objetivo é fabricar drogas e transportá-la para a Europa. No decorrer do trama, porém, vários empecilhos atrapalham a jornada de nossos anti-heróis, e aos poucos são incorporados elementos como traição, suspense e uma boa dose de cenas de ação (que não ficam devendo nada a nenhum seriado norte-americano), tudo isso sob um enredo inteligente e envolvente.

Todo final de domingo agora tenho um compromisso com Prófugos, e super recomendo pra quem gosta do gênero ação.

domingo, 1 de maio de 2011

Thor: a esperança das adaptações de HQ


Geralmente, adaptações de HQs da Marvel ou da DC Comics são verdadeiras catástrofes - com raríssimas exceções, como Homem-Aranha e as últimas filmagens de Batman. Tudo levava a crer que com Thor a coisa não seria muito diferente. É legal estar errado quando ao filme nesse aspecto.

Thor (idem, EUA, 2011) mostra as origens do mais poderoso deus nórdico, ao menos na versão dos quadrinhos. Filho de Odin, chamado de "pai de todos", está prestes a se tornar o rei de seu mundo, Asgard, mas é banido do reino depois de causar uma guerra entre dois mundos por sua simples vontade de se envolver em batalhas. Quando li o enredo, imaginei que se trataria de mais uma adaptação fraca, como Motoqueiro Fantasma ou Quarteto Fantástico, mas tive uma agradável surpresa na sala de cinema ao perceber que é um filme divertido e envolvente, do começo ao fim.

Com atuações convincentes, momentos de humor bastante divertidos e uma história plausível, Thor é a prova de que filmes de super-heróis secundários podem sim ser mega-produçãões dignas de heróis top de linha (ou até melhores, já que as adaptações de Superman, até aqui, foram assustadoramente de péssimas qualidade).
Se você está aí em casa sem nada pra fazer nesse fim-de-semana, assistir Thor é uma boa pedida. Mas não precisa ser em 3D. Thor ainda é daqueles filmes que valem mais a pena assistir em 2D, já que os efeitos em três dimensões não são lá essas coisas. O único momento em que me lembro de ter pensado "nossa, que efeitos 3D legais" foi no final do filme, já nos créditos, no qual o espectador é levado a um passeio por entre constelações.

Nota: 8

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Baratas: por que existem, meu Deus?




Deus trabalhou durante seis dias, construindo o mundo perfeito, e no sétimo descansou. Fica a pergunta que não quer calar: por que Deus criou as baratas? Dizem que tudo o que Deus criou era bom. Então baratas foram criadas por Lúcifer?

Qual é o propósito das baratas? Por que elas estão nesse mundo? Apenas para fazer as pessoas sofrerem e gritarem, para expulsarem-nas de seus quartos? Por que elas se multiplicam tão rapidamente? Todos os sprays inseticidas do mundo não parecem ser suficientes para exterminar essas criaturas repugnantes!!!

Genocídio às baratas! Essas coisas não são do bem, não! Genocídio às baratas!