sábado, 8 de outubro de 2011

Crítica: A Hora do Espanto


Recriar um filme que foi um dos grandes sucessos de sua categoria em outra época não é tarefa simples. Aparentemente consciente disso, a DreamWorks caprichou e reuniu o diretor Craig Gillespie, um elenco de primeiro escalão, uma roteirista cheia de experiência na categoria terror-comédia-juvenil (Marti Noxon, da série Buffy, a Caça-Vampiros) para fazer, 26 anos depois, A Hora do Espanto novamente.

Anton Yelchin é Charley, um nerd que faz tudo o que pode para parecer cool aos olhos dos amigos da namorada, a linda e popular Amy (Imogen Poots). Para não ser associado a seu passado, ele evita ao máximo falar com seu ex-melhor amigo, o supernerd Ed (Christopher Mintz-Plasse).

Ed, por sua vez, está no encalço do garoto para alertá-lo sobre algo muito importante: seu novo vizinho é um vampiro e está matando os jovens da cidade. Uma das mortes acontece durante a abertura do filme, e depois, em cenas corriqueiras da escola, percebem-se cada vez mais carteiras vazias.


Como mora em Las Vegas, Charley acha normal que uma pessoa trabalhe à noite e durma durante o dia, assim como considera que a cidade funciona como lar provisório para muitos, o que justificaria os sumiços repentinos. Ele só percebe que Ed estava certo quando... seria estragar a surpresa contar, mas o importante é que ele percebe.

Yelchin é uma das caras novas de Hollywood e, assim como Poots, cumpre muito bem sua função de jovem ora engraçado, ora apavorado. Mintz-Plasse, por sua vez, já tem milhares de fãs graças a sua atuação como McLovin, em Superbad - É Hoje (2007) e levanta as expectativas do público cada vez que entra em cena. Seu caçador de vampiros lembra muito o de Cory Haim em Garotos Perdidos (1987), filme que também parece ter sido usado como referência para o remake.


Os adolescentes, em teoria protagonistas, acabam funcionando como pano de fundo para a dupla Colin Farrel - o vampiro Jerry - e David Tennant, uma espécie de Criss Angel que é chamado para ajudar a combater o monstro. Farrel, usando todo seu charme, consegue ser apaixonante mesmo depois de beber o sangue de diversos inocentes e de ameaçar a vida de Toni Collete, a mãe de Charley. Já Tennant (o Barty Crouch de Harry Potter, outro filme que fica claro entre as referências) está sensacional como Peter Vincent, uma superestrela de Vegas, afetado e divertido no ponto exato. O resultado é pura diversão no cinema, perfeito para ser acompanhado com pipoca e refrigerante.

NOTA: 10

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