sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Batalha do Apocalipse: a nova era da literatura brasileira


Pode ser que os tempos em que pensamentos enfadonhos apareçam em nossa mente quando toca-se no assunto "literatura brasileira" esteja com seus dias contados. Diferentemente do que as escolas e vestibulares podem te fazer acreditar, literatura brasileira não se refere apenas às múmias da Academia Brasileira de Letras (com todo respeito), como Machado de Assis - um ótimo escritor, José de Alencar - um terrível escritor, ou Álvares de Azevedo - um escritor razoável.

Acredito que, futuramente, uma nova escola literária será adicionada aos tempos atuais: o Fantasionismo. Nunca antes na história deste país, para parafrasear uma figura mitológica de nossa fauna - o próprio presidente, se produziu tantas obras fantásticas. Mas, o que é melhor, obras fantásticas muito boas, que não devem nada a escritores internacionais em matéria de qualidade.

Dentre exemplos recentes, temos Paulo Coelho e André Vianco. Quanto ao primeiro, já ouvi várias pessoas rechaçando suas obras. De qualquer forma, se seus livros não fossem bons, não se justificaria o sucesso e destaque internacional que o autor vemalcançando. Eu, particularmente, adorei O Alquimista. Se eu tivesse que fazer um Top 20 dos livros que marcaram minha vida, esse com certeza
entraria na lista. Com relação a André Vianco, confesso que nunca o li. Porém, de todos os meus amigos que acompanharam pelo menos uma de suas obras só ouvi elogios. Pretendo começar a ler os livros dele assim que possível.

Mas o post de hoje será dedicado a um escritor relativamente novo, e que você provavelmente não conheça: Eduardo Spohr. Em seu perfil no Twitter (@eduardospohr) ele se descreve como "escritor, jornalista, professor universitário, blogueiro, podcaster, filósofo de botequim e PHD em contar piadas sem graça". Quem lê seu último grande sucesso, "A Batalha do Apocalipse", logo
entende o porquê dessa última afirmação. O dom de Spohr parece mesmo ser colocar toda sua criatividade (que não é pouca) no papel e criar estórias épicas com uma pitada de sombrio, cheias de aventura e ação, envoltas numa narrativa surpreendente.

Estou apenas na metade de A Batalha do Apocalipse, uma obra grandiosa de 586 páginas, mas já tenho certeza de que não irei me decepcionar. O que posso dizer é que não consigo parar de ler! Na verdade, agora mesmo, enquanto escrevo este texto, já estou imaginando que assim que desligar o computador vou pegar o livro e virar a madrugada lendo. Aparentemente, não sou só eu quem pensa assim. José Louzeiro, escritor e roteirista, diz que "não há na literatura em língua portuguesa conhecida nada que se pareça com A Batalha do Apocalipse". Segue abaixo sinopse do livro, retirada da contra-capa do mesmo:

"Há muitos e muitos anos, tantos quanto o número de estrelas no céu, o paraíso celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania nos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o Dia do Juízo Final.

"Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas. Único sobrevivente do expurgo, Ablon, o líder dos renegados, é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na Batalha do Armagedon, o embate final entre o céu e o inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro da humanidade.

"Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano, das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval, A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana - é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, repleto de lutas heroicas, magia, romance e suspense."

A sinopse resume bem o espírito do livro, mas o enredo é tão diverso que seria impossível passar
uma impressão geral do mesmo em apenas três parágrafos, ou mesmo em um post. Tenho certeza de que, se num futuro distante existir mesmo algo como a escola literária Fantasionismo Brasileiro, A Batalha do Apocalipse será um dos objetos de estudo principais.

Assim, fica aqui a sugestão para você que curte um bom épico e se sentiu órfão depois que terminou sua saga fantástica favorita: A Batalha do Apocalipse preenche essa lacuna. E muitíssimo bem!

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