quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O filé do FILE (1): levelHead



A 9ª edição do FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) abre hoje para o público na Galeria de Arte do Sesi, em SP (Av. Paulista, 1313), com entrada franca e dezenas de trabalhos de artistas digitais do mundo inteiro - entre games, instalações, projeções, performances e workshops. Esta semana o Ultra comenta alguns dos destaques da mostra.

levelHead é um experimento de realidade aumentada criado por Julian Oliver, e uma das obras que mais chamam a atenção no FILE 2008, talvez por ser simples no conceito mas incrivelmente complexa uma vez que você entende o que está acontecendo ali dentro daqueles cubinhos.

O jogo é composto de pequenos cubos coloridos, impressos com códigos de barra especiais em cada uma das faces, acompanhados de um telão e de uma boa webcam. A câmera capta o movimento dos cubos e substitui os códigos por um ambiente virtual na tela. O jogador precisa então guiar o seu avatar por uma série de ambientes inspirados na "arquitetura imaginária" dos sistemas de memória criados na Grécia Antiga e praticados até a Idade Média (leia mais sobre a inspiração no site oficial do artista).

Neozelandês baseado em Madri, integrante do coletivo selectparks, Oliver disse ao Ultra que a dificuldade vai crescendo a cada cubo e que um jogador médio demora cerca de meia hora para passar pelos três níveis, penando de verdade no cubo laranja. Existem várias "portas ilógicas" e é preciso confiar na sua memória espacial para saber quais são as entradas corretas. Ele disse também que abriu o código do jogo em seu site (para quem manja de Linux), e que uma idéia futura é que as pessoas possam imprimir e montar seus próprios cubos para jogar levelHead em casa.

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