quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O primeiro restaurante colaborativo do mundo

A colaboração é sempre bem-vinda, seja para se tentar angariar fundos para ações sociais ou para denunciar a violação dos direitos humanos. A união faz a força, dizem os com pouca imaginação.

Pois bem. Em Washington, nos EUA, surgiu uma iniciativa que mostra que a colaboração também pode encher o seu estômago. Está em pleno andamento a formulação de um restaurante feito totalmente com a colaboração dos membros da comunidade. O Elements, desde o princípio, foi desenvolvimento e planejado graças às pessoas interessadas em uma comida vegetariana feita sem afetar o meio ambiente.

Por meio de uma comunidade online, Linda Welch conseguiu transformar o que seria um simples café em um projeto para construir um restaurante com vegetais plantados em casa e orgânicos, totalmente sustentável e ainda com o selo LEED de construção ecologicamente correta. O melhor de tudo é que Linda, que não tem nenhuma experiência no mercado gastronômico, não precisou colocar um centavo para juntar uma equipe – e clientes – de peso (o dinheiro que ela gastou até agora foi para manter o prédio que sediará a futura empreitada).

A comunidade, para se ter uma idéia, é tão ativa que, segundo uma reportagem publicada no Washington Post, uma das participantes, ao fazer uma viagem pelo mundo, fotografou diversos pratos que ela gostaria de fossem servidos no futuro estabelecimento. Outros ainda tiram fotos de lugares que acharam agradáveis para servir de inspiração para quando o restaurante estiver pronto.

Todos opinam, conversam, trocam idéias e se encontram para definir o projeto e o menu. Se tudo der certo, Elements será o primeiro restaurante no mundo construído colaborativamente. E os membros ainda ganharão por isso – caso, claro, o trabalho dê lucros. De acordo com a participação do membro, ganha-se pontos que definirão quanto dos 10% destinados à comunidade será dado.

Linda, agora, precisa achar um parceiro que tenha experiência com esse ramo para conseguir manter o prédio onde será construído o restaurante – o que, provavelmente, não será muito difícil.

Se empresários gastronômicos investem em estabelecimentos sem clientes definidos, por que não entrar em um negócio que já tem toda a clientela à disposição?

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