
E aí Braid desafia o jogador e separa bem os tipos de fãs de videogame. Há os caras que gostam de simplesmente chegar até o fim do jogo. Se preciso for, ele usa as revistas de “detonados” e o Gamefaqs para isso. A satisfação de dever cumprido e o prazer desse cara está apenas lá, na tela final. Mas há os outros jogadores que gostam de saborear os jogos. E é pra essas pessoas que Braid foi feito. Em cada um dos mundos há 12 peças de um quebra-cabeças para serem pegas. E para conseguí-las você tem de basicamente ficar olhando pra tela e descobrir a melhor estratégia possível. Cada um dos mundos é regido por algumas regras diferentes. Em um deles, quando você volta no tempo, a sua sombra faz o caminho que você tinha feito previamente, e você pode fazer outra rota, orquestrando movimentos bonitos. É meio impossível descrever isso, é mais fácil olhar esse exemplo. O legal é que em diversos momentos do jogo sai aquele sorriso de satisfação por ter descoberto a solução. E imagino que solucionar tudo leve umas 5 a 12 horas, dependendo da velocidade de raciocínio da pessoa. Muita gente diz que isso é muito curto, e que o jogo é caro pelo que se propõe. Mas poxa, a idéia de Braid é vender a “experiência” de ter o seu cérebro desafiado, como um bom filme de arte. E como é mais barato que um par de ingressos pro cinema, digo que vale. Pelo que li ele já vendeu 30 mil cópias desde que foi lançado, quarta passada. Ainda não foi o suficiente para cobrir os gastos, então quem ainda não comprou, faça o favor para que mais coisas assim surjam. Obrigado.
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