segunda-feira, 7 de julho de 2008

Jogos vs. realidade: a nova era dos games está chegando


Com a chegada do iPhone 3G esta semana e o lançamento do sistema operacional Android, do Google, ainda este ano, começa a se desenhar um futuro em que todo mundo vai ter a internet e um GPS no bolso. Isso é revolucionário em tantos níveis que nem se o blog fosse só sobre isso o assunto se esgotaria. Mas tem um lado interessante da questão que talvez não esteja sendo comentado o suficiente por aí: jogos.

A SUPER e o Ultra já falaram bastante de ARGs e big games - experiências que transformam o mundo real em jogo. O desafio nos últimos tempos parecia ser descobrir como esses gêneros poderiam evoluir e para onde isso tudo estaria indo. Com internet rápida, Google Maps, GPS e um sistema operacional aberto no celular (no caso do Android, que certamente vai botar pressão na Apple para facilitar o desenvolvimento e distribuição de aplicativos), parece que ARGs e big games são uma parte minúscula de algo muito maior, que começa a tomar forma enquanto o mundo real aos poucos se transforma em uma nova plataforma de jogo.

Pensa só: entre os aplicativos que surgiram depois que o Google anunciou o Android, já se destacam alguns joguinhos que transformam as cidades em tabuleiro e o celular em instrumento de interação, como o City Slikkers e o WiFi Army (no vídeo abaixo). Quando o Android e o novo iPhone entrarem no mercado, é bem possível que surja uma avalanche de programas semelhantes.

Faz algum tempo que se fala em "game 3.0", a nova era dos games baseados em comunidades e criação e compartilhamento de conteúdo por usuários. Então nada mais natural que as ferramentas de geolocalização se tornem aquilo que vai catapultar de vez os celulares - e até os portáteis como o Nintendo DS, que, com alguns truquezinhos, já pode ser transformado em GPS - para o novo mundo dos games. Claro, os joguinhos convencionais para celular vão continuar evoluindo e tentando alcançar o nível dos consoles (quem não quer jogar Mario Kart online no iPhone?). Mas, é quase certo, vai ser cada vez mais irresistível para os desenvolvedores usar a web, GPS, sensores, bluetooth e o diabo a quatro para levar os jogos para as ruas, tranformar as ruas em jogos e fazer disso tudo uma coisa só.




Por André Sirangelo, no site da Super.

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