quarta-feira, 23 de julho de 2008

Vício em jogo é reconhecido como doença na França



Um artigo que saiu hoje no jornal Le Monde, da França (aqui para assinantes UOL), fala de um amplo estudo realizado pelo Instituto Nacional da Saúde e da Pesquisa Médica sobre o vício em jogos. O foco é nos jogos de azar, principalmente os cassinos, mas fala também de videogames. Depois de analisar 1.500 artigos científicos, os pesquisadores concluíram que 1% a 3% da população é viciada patologicamente em algum tipo de jogo, e que esse seria o “tóxico do século 21”. Um longo caminho foi percorrido que conduziu da bebedeira e do mito do boa-vida até o reconhecimento da dependência ao álcool. Uma abordagem comparável está sendo adotada agora em relação ao jogo", diz o professor Michel Lejoyeux no início do texto.

Acho que é claro que os jogos que envolvem dinheiro podem sim ser um problema social, como diz o texto, isso gera “empobrecimento, endividamento excessivo, problemas familiares, divórcio, delitos (furtos, abuso de confiança, etc.) ou suicídio”. Mas será que dá pra colocar no mesmo balaio jogos de videogame, ou isso seria exagero? Em países como a China e a Coréia, onde o problema é maior e tem gente que literalmente morre de jogar, os jogos online são tratados como problema de saúde pública, mas não seria um traço daquela sociedade? E aí? Picross no Nintendo DS e pôquer na Internet são o mesmo tipo de problema?

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